Catequeses Paulinas #18

Para o 18º. Encontro, três intervenientes: o Eu, a Lei de Deus e o pecado. Rom.7, 7-24.
O Eu (a alma) é espírito, é eterno e imortal e devidamente treinado domina, controla, a mente por meio da vontade, e quando isso acontece ele traz consigo o amor ea benevolência, e é o que por fim se apresentará perante outro Eu Perfeitíssimo, o Eu Absoluto: a Santíssima Trindade.
O Eu, quando se desligar do invólucro carnal, dará conta do que fez da sua vontade, pois esta está atrás de toda a acção, tanto mental como física.
Vimos em Rom. 7,19: “É que não é o bem que quero que faço, mas o mal que eu não quero, isso é que o pratico.” Ora, se alguém pratica o que não quer, é porque a sua vontade é fraca.
O pecado não está no corpo, pois este não se apresentará perante Deus, mas no Eu, que não dominou devidamente a vontade. É por meio da vontade que o Eu chegará ao conhecimento da Lei de Deus e por esta via terá acesso ao pecado. Rom 7,8 “Sem lei, não há pecado ”.
Mas como é que uma alma com uma vontade fraca (não praticando o bem que quer...), suporta o que confessa em 2 Cor 11,23-30: “Cinco vezes recebi dos Judeus os 40 açoites menos um. Três fui flagelado com vergastadas, uma apedrejado, três vezes naufraguei, e passei uma noite e um dia no alto mar. Viagens a pé sem conta, perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte dos meus irmãos de raça, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos da parte dos falsos irmãos ! Trabalhos e duras fadigas, muitas noites sem dormir, fome e sede, frequentes jejuns e nudez !” ?
Não , não é possível, existir uma vontade fraca, pelo contrário, só uma vontade forte, indómita mesmo, pode suportar tantos males e permanecer fiel ao Evangelho e gritar, 1 Cor 9, “Ai de mim de se não evangelizar”; e obedecer ao que o Senhor mandou: Mc 16, 15 “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho”, e fazer assim o bem que queria.

Júlia Vagos

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