Catequeses Paulinas #17 - União de Pares

UNIÃO DE PARES HOMOSSEXUAIS
Argumento filológico para a designação

Este pequeno estudo foi efectuado por recusarmos que a Língua Portuguesa seja enlameada com designações que a deturpam e para isso utilizámos os seguintes elementos:
-“Dicionário da Língua Portuguesa,” (DLP) de J. Almeida e Costa e A. Sampaio e Melo, da Porto Editora, “Grande Dicionário Enciclopédico” (GDE), da Verbo e “Grande Dicionário de Dificuldades e Subtilezas do Idioma Português” (GDDSIP) do Prof. Vasco Botelho de Amaral.
Comecemos pela palavra CASAL, conjunto de macho e fêmea; marido e mulher. (DLP). No GDE: conjunto de macho e fêmea; par; marido e mulher. CASAMENTO, acto ou efeito de casar; união legal de homem e mulher para constituir família, matrimónio. (DLP).
No GDE acto de casar, união legítima entre homem e mulher; matrimónio. No GDDSIP .... “Para a sua união, homem e mulher formam casa. Formar casa diz-se na nossa língua, com perfeita lógica derivativa, casar. E a formação da casa – casamento”. “Que o fim primário (não, porém, o único) do casamento é a obra procriadora mostra-o a palavra sinónima, isto é, matrimónio, vocábulo proveniente de mater, mãe, e por isso tradutor da multiplicação da espécie.”
“Continuando particularmente no aspecto filológico, devo fazer sobressair a diferença existente entre os temas e as raízes das palavras casamento e matrimónio e as outras línguas cultas,como o francês e o inglês, por exemplo. Nestas, nos termos “se marier, mariage, to marry”, etc., a ideia principal etimológica relaciona-se com o latim “maritare e maritus”, cuja raiz é mas, maris, isto é, macho.” “Ao passo que na nossa Língua, como vimos, ou há a ideia de casa ou de mãe.” Fim de citação.
Pelo exposto se demonstra que a expressão “casamento de homossexuais”, é um autêntico disparate linguístico, ou melhor, linguisticamente, é um paradoxo abominável, pois como se evidencia a palavra “casamento” , inclui na sua raiz a noção de homem e mulher, cujo fim primário é a procriação, o que é inconcebível com a união de homossexuais, pelo que se propõe a expressão “união de pares homossexuais”. Par, significa ( no DLP) : igual, semelhante, parceiro. O que se adequa ao caso.
Vejamos ainda a palavra “Viúva”: mulher a quem morreu o marido e que ainda não novamente casada. E também no DLP “Viúvo”: homem a quem morreu a esposa e que não passou a segundas núpcias.
Ora, se há duas mulheres, não pode morrer o marido; se há dois homens, não pode morrer a esposa. Pelo que se demonstra, uma vez mais, o quanto é inadequada a palavra casamento para homossexuais.
Outro ponto, debatido, é a igualdade perante a Lei, invocando-se, para isso a Constituição. É uma falsa questão. Se não, vejamos: duas pessoas (do mesmo ou de difentes sexos) que auferem o rendimento 100; não se discute que sejam, e na realidade são, tributadas da mesma maneira, e outras duas, com o mesmo rendimento de 1000, e também aqui que a sua tributação seja igual, e é. Ninguém, de boa fé, aceitaria que todos, com rendimentos díspares pagassem o mesmo, porque as situações são diferentes. Isto é, para situações iguais, soluções iguais, para situações diferentes, soluções diferentes. Homem e mulher: casamento; duas pessoas do mesmo sexo: união de pares ou outra, mas nunca casamento, por ser uma realidade diferente.
E por último, e para mim muito mais importante, é o que diz S. Paulo, na sua carta aos Romanos : “Assim, as suas mulheres trocaram as relações naturais por outras que são contra a natureza. E o mesmo acontece com os homens: deixando as relações naturais com a mulher, inflamaram-se em desejos de uns com os outros, o que é vergonhoso, “ Rom 1, 26-27.

Maurício

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