Ao encontro de Jesus por Maria




Depois de uma semana repleta com a procissão das velas na terça-feira, a reunião de catequistas na quarta-feira, a recitação do terço todos os dias e a presença no simpósio "Reinventar a solidariedade", no sábado, dia 16 de Maio, os paroquianos de São Julião da Barra fizeram-se novamente a caminho para estarem presentes na celebração do cinquentenário do santuário do Cristo Rei.

Seguindo o nosso Pároco, chegámos ao Terreiro do Paço para experimentar, uma vez mais, a serenidade e emoção de ver e sentir Nossa Senhora de Fátima. Antecedida por um cortejo com muitas crianças vestidas de branco, a imagem de Nossa Senhora de Fátima, vinda do altar do mundo, transformou o Terreiro do Paço num verdadeiro templo de amor e paz.

E que melhor forma para começar a nossa acção de graças que a recitação do terço que Nossa Senhora pediu que rezássemos. O terço foi animado pela paróquia de Cascais, por um casal à espera de gémeos, três irmãos de uma família de cinco filhos, um casal de jovens e duas senhoras. A recitação do terço teve uma especial intenção de oração pela paz, relembrando a construção do Cristo Rei como agradecimento pela circunstância de o nosso país ter sido poupado ao horror da Segunda Guerra Mundial.

Seguiu-se a Eucaristia presidida por D. José Policarpo e concelebrada pelo nosso padre Nuno. Na homilia, o Patriarca chamou a atenção para o facto de o abraço de amor que o Cristo-Rei estende sobre a cidade e as pessoas que nela habitam requer que nos sintamos protegidos e acolhamos esse amor. Caso contrário, o Cristo Rei não mais será do que um miradouro.

D. José realçou, ainda, o privilégio dos habitantes de Lisboa não precisarem de entrar numa igreja para rezarem diante de uma imagem do coração de Jesus, uma vez que toda a cidade se transformou num templo.

No fim da Eucaristia, o grande cortejo encaminhou-se para o cais para que a imagem de Nª Senhora embarcasse para atravessar o rio. Foi nessa altura que o nosso Prior, visivelmente cansado, ao avistar as suas ovelhas, esqueceu-se do cansaço e, com um sorriso, não deixou de nos dar um recado: “Não vos ouvi a cantar”.

No regresso às nossas casas, relembrávamos os belos momentos que vivemos, com a esperança de que, se fomos, de alguma forma, como visitantes para Lisboa, tenhamos regressado como verdadeiros peregrinos e mensageiros da paz.


Ricardo Pereira
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