"O celibato é um escândalo", Bento XVI



Bento XVI reuniu-se esta Quinta-feira com 15 mil padres de todo o mundo, junto dos quis lamentou “os escândalos dos nossos pecados”, defendendo, no entanto, a importância do celibato.
“Um grande problema do mundo de hoje é que já não se pensa no futuro de Deus, parece suficiente apenas o presente”, disse aos sacerdotes reunidos em vigília, na Praça de São Pedro, apresentando o celibato “como antecipação do futuro, sinal da presença de Deus” e mesmo “um escândalo”.

“Sabemos que ao lado deste escândalo que o mundo não quer ver, existem também os escândalos dos nossos pecados, que obscurecem o verdadeiro grande escândalo”, lamentou.

Após constatar estas falhas, o Papa quis destacar, contudo, que “existe muita fidelidade”.

“As críticas mostram precisamente que o celibato é um grande sinal da fé, da presença de Deus no mundo: peçamos ao Senhor que nos ajude a tornar-nos livres dos escândalos secundários, para que torne presente o grande escândalo da nossa fé, da confiança, da força da nossa vida que se funda em Deus e em Jesus Cristo”, apelou.

Na sua intervenção, integrada nas celebrações do encerramento do Ano Sacerdotal, Bento XVI afirmou que o sacerdócio não é uma profissão, mas “um testemunho de amor”.

“Esta crítica permanente contra o celibato pode surpreender, num tempo em que é moda não se casar. Mas este «não se casar» é uma coisa totalmente diversa do celibato, porque o «não se casar» baseia-se no querer viver só para si e não aceitar vínculos definitivos, enquanto o celibato é exactamente o contrário: é um sim definitivo, é entregar-se nas mãos do Senhor”, afirmou

O Papa que respondeu a perguntas de 5 presbíteros, um por cada continente, sublinhando a missão dos padres chamados a testemunhar o amor de Cristo sem se submeterem às modas do momento.

“Sei que há muitos párocos no mundo que dão todas as suas energias para servir o Senhor e as suas próprias comunidades. A todos quero dizer um grande obrigado, neste momento”, assinalou

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